E aqui estou eu novamente.
Insisto em escrever sobre os meus sentimentos pra ver se tiro-os de mim.
Sim, eu estou seguindo a minha vida como queria que eu fizesse.Sou boa em me reconstruir, já tenho alguns anos de prática.Mas confesso que tinha me esquecido de como é difícil.
Levantar todas as manhãs me esforçando pra não lembrar dos sonhos.Fazer planos de um dia onde não te encontro.Ouvir músicas e não pensar em como elas pareciam mais belas quando escutadas ao seu lado.Sorrir ao te ver..ah, sem dúvidas é a maior prova de resistência.
O seu sorriso ainda me traz paz, e "o seu olhar ainda me ilude".
Você era o refúgio quando eu não tinha pra onde ir, o calor dos dias frios, o conforto que eu precisava ter.
E em um segundo tudo se desfez. As vezes me pego pensando se o que sentimos foi real ou só fruto da minha imaginação.Porquê não seria? Hoje eu olho pra você e sinto o gelo.
Mas em meio a isso tudo eu percebi que ao te amar eu deixei de amar um pouco de mim mesma.
Hoje, eu entendo mais do que nunca o que Amarante quis dizer quando escreveu : "O que eu preciso é lembrar, me ver, antes de te ter e de ser teu".
Tenho lembrado, tenho visto.É, eu sou forte mesmo sem você.Talvez eu não precise mais de um lugar pra me refugiar, não preciso do seu conforto, nem do seu calor (que a algum tempo não existe mais,e eu relutei a enxergar).
As suas palavras ficaram gravadas na minha memória.As suas ações se repetem na minha cabeça.
E finalmente,eu posso dizer, eu vi um caminho.
Um caminho que você não está presente.
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